Salsa


Petroselinum crispum

Em geral, é considerada um tempero sem nenhuma importância ou um complemento decorativo dos pratos. Nada  mais injusto! A salsa é uma das melhores fontes de vitamina A, fundamental para a proteção dos olhos, do aparelho respiratório e da pele. É também potente em vitamina C e ótima em cálcio, potássio, fósforo, enxofre, magnésio e ferro. Entre os seus inúmeros benefícios, eis os principais: é diurética, estimulante e depurativa, combate a formação de gases e a fermentação intestinal, estimula a secreção gástrica (facilitando a digestão), fortalece o sangue e é eficaz no tratamento do reumatismo.

Da salsa tudo se aproveita: as folhas, raízes e sementes, frescas ou secas. Cozida, vai bem em sopas, molhos, feijões, carnes, legumes, peixes etc. Se você não gosta de ver a salsa boiando nas preparações, faça um macinho, amarre, ponha na panela no início do cozimento do prato e retire na hora de servir. Assim, as propriedades nutritivas ficam preservadas. Crua, ela dá um sabor especial às saladas, farofas, patês, pastas, sopas etc. Para estimular o apetite, recomenda-se mastigar umas folhinhas de salsa crua antes das refeições. É ótima em suco, mas, como ele tem o gosto muito forte, pode-se misturá-lo ao suco de cenoura. O suco puro permite outros usos: aplicado em compressas, faz desaparecer os “galos” arroxeados das pancadas; em massagens na pele, elimina manchas; num chumaço de algodão introduzido no nariz, estanca a hemorragia nasal.

Sob a forma de chá, tem largo emprego. O chá das folhas ajuda no tratamento de doenças sexualmente transmissíveis, icterícia, urina difícil, cálculos dos rins e vesícula e obstrução no fígado e no baço. O chá da raiz – de sabor adocicado – combate a obesidade e deve ser tomado de manhã, em jejum. O chá das sementes é empregado por muitos para matar piolhos. Como decocto, as sementes têm ação diurética e normalizam a pressão alta. Em seu livro As Hortaliças da Medicina Doméstica, o Dr. A. Balbach cita outras utilidades da salsa. Em casos de ardência nos olhos e seios endurecidos, faça um cataplasma e aplique na região afetada. Nas picadas de insetos, esmague algumas folhas de salsa e esfregue suavemente na região irritada; depois complete o tratamento com o cataplasma. Para alívio da dor de dente, enquanto espera a consulta no dentista, coloque sobre o dente salsa triturada e misturada com um pouquinho de sal.

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Sabugueiro


Sambucus nigra

Usam-se principalmente as flores, frescas ou secas. O chá das flores frescas é um bom laxante intestinal. Secas, em infusão, empregam-se contra resfriados, gripes, anginas e nas enfermidades eruptivas como sarampo, rubéola, varíola e escarlatina, por provocarem rapidamente a transpiração. O chá das cascas, raiz e folhas é indicado para combater a retenção de urina e o reumatismo. Os reumáticos devem mesmo, segundo o Dr. Alfonso Balbach, tomar banho com a água das folhas cozidas. Em banhos, as folhas são boas no tratamento das hemorroidas. O chá da frutinha purifica o sangue e limpa os rins.

De acordo com Balbach, as dosagens para o bom uso do sabugueiro são: uso interno – flores, oito gramas para um litro de água; folhas, cascas e raízes, 10 a 15 gramas para um litro de água; em ambos os casos, tomar quatro a cinco xícaras por dia. Uso externo – flores, 30 gramas para um litro de água; folhas, cascas e raízes, 50 gramas para um litro d’água. Segundo o botânico Pio Correia, os frutos do Sambucus nigra são comestíveis e servem para preparar uma espécie de vinho refrescante. Algumas pessoas usam o fruto, combinado com a maçã, no preparo de tortas e xaropes. As folhas do sabugueiro também se prestam para o preparo de inseticidas caseiros.

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Ruibarbo


Rheum spp

Entre as diferentes espécies da planta, o ruibarbo-da-china (Rheum palmatum) e o ruibarbo-medicinal (Rheum officinale) têm suas raízes empregadas na medicina. Há também a espécie hortícula Rheum rhaponticum, da qual se utiliza somente as hastes ou talos para fazer doces: suas fôlhas têm ácido oxálico, e são muito tóxicas quando ingeridas por pessoas e animais. Por isso, o aproveitamento do ruibarbo deve ser bem cauteloso. O chá das espécies medicinais é um excelente tônico para o organismo e age como purgante. É indicado nas perturbações do estômago e do intestino, nas quais atua como estimulante. No tratamento da prisão de ventre, o chá das raízes tem apresentado bons resultados, por seu efeito laxativo.

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Rúcula


Eruca sativa

Em seu sabor picante, há grande quantidade de vitaminas A e C, potássio, enxofre e ferro. Exerce uma ação especial sobre o funcionamento dos intestinos, atuando como antiinflamatório nas colites. É usada em saladas cruas. O suco da rúcula, combinado com o de agrião, provoca uma verdadeira limpeza e desintoxicação do organismo. Mas como as suas folhas têm sabor muito forte, é aconselhável misturá-las ao suco de cenoura ou laranja.

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Rosa


Rosa spp

Apesar de o cultivo de rosas ser normalmente dirigido para fins ornamentais, suas pétalas são comestíveis. Seu emprego na alimentação é uma tradição chinesa que foi difundida também pelos gregos em toda a Europa. Ainda hoje, compra-se por quilo rosas despetaladas em mercados populares da Grécia, para utilizá-las na preparação de geleias, licores, compotas, pães etc. Elas são consideradas refrescantes, laxativas, adstringentes, calmantes e poderosas na recomposição dos tecidos. No Brasil, pelo que se tem notícia, seu uso culinário restringe-se a alguns restaurantes sofisticados, que servem inclusive sorvete de rosas, e à fabricação de licores caseiros em locais como Campos do Jordão, SP. É empregada também em cosméticos e na indústria farmacêutica.

Antes de usar, certifique-se de que as flores não receberam aditivos químicos. O botânico Pio Correia diz que as propriedades medicinais da rosa não mais ou menos as mesmas em todas as espécies, mas há algumas mais apropriadas, como a Rosa gallica. As pétalas dessa espécie contêm uma matéria graxa, um óleo essencial, tanino, alguns sais à base de potassa e outros à base de sal, óxido de ferro, ácido gálico, uma matéria corante e albumina. Pio Correia diz mais: “entre os romanos, a rosa era usada para combater a embriaguez; ainda hoje, no tratamento das aftas e doenças da garganta, usa-se o mel rosado, de cujas virtudes já falava Hipócrates. Existe ainda a pomada de rosas contra rachadura dos lábios, composta de óleo de rosas, banha de baleia, cera e raiz de borragem. E uma série de xaropes, como o de rosas secas, o magistral etc. Ele entra também na composição de um vinagre de toalete e serve para aromatizar pastas dentifrícias e diversos produtos farmacêuticos.”

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