Repolho


Brassica oleracea var. capitata

Já foi chamado com justiça de “médico dos pobres”. É rico em vitaminas C e B6 (importante para a assimilação das proteinas e gorduras, também ajuda a evitar problemas dos nervos e da pele) e nos minerais potássio, enxofre, cálcio, fósforo e ferro. É um alimento depurativo do sangue, e por isso indicado para os anêmicos, desnutridos e debilitados. Estimula a digestão e o bom funcionamento de todos os órgãos do aparelho digestivo, e auxilia no combate à tuberculose.

É consumido sob a forma de salada crua, refogado, cozido, cozido com leite (fica muito gostoso!) ou de chucrute, fermentado com água e sal, um prato típico alemão. É curioso, mas verdadeiro: comido cru,  repolho é mais saudável e digestivo do que cozido. O cozimento deve ser rápido, de preferência no vapor, com a panela destampada por alguns minutos para que os gases de odor desagradável se evaporem. O repolho roxo pode ser usado cru em salada ou refogado com maçã, uma pitada de cravo em pó e um bocadinho de mel, o que lhe dá um sabor perfeito para acompanhar assados (pato, porco etc.). De qualquer forma que for usado, deve ser bem mastigado para não pesar nem formar gases. Importante: não abuse da quantidade em cada refeição.

O suco de repolho é indicado para tratar vermes em crianças (20 a 30 gramas de suco em jejum, três dias consecutivos) e para combater as úlceras do estômago. O Dr. A. Balbach recomenda o suco de repolho fresco misturado ao de aipo para amainar os distúrbios intestinais; e o suco puro, aplicado em fricções no couro cabeludo duas vezes por dia, para estimular o crescimento dos cabelos. Ele diz mais: as folhas de repolho, trituradas, são ótimos cataplasmas contra feridas, tumores, inflamações, hemorroidas, gotas e reumatismo. A Dra. Gudrun Burkhard recomenda o suco do chucrute para as doenças do fígado.

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Rabanete


Raphanus sativus

Tem muita vitamina C, além de enxofre, potássio, cálcio, fósforo, ferro, sódio, cloro e magnésio. É estimulante das funções digestivas, alcalinizante, mineralizante, calmante e diurético. Limpa as vias respiratórias, eliminando mucos e combatendo resfriados. Ajuda o trabalho dos rins e do fígado, e evita a formação de cálculos na bexiga, vesícula e rins. Aumenta a resistência à infecções e alergias, e estimula o apetite, principalmente se comido antes das refeições.

A médica Gudrun Burkhard, especialista em alimentação natural, afirma que o rabanete também ativa o metabolismo e as funções cerebrais, e deve ser comido ralado, em salada, pelo menos duas vezes por semana. O suco também é indicado em pequenas quantidades, especialmente quando se quer purificar o sangue. Diz a crença popular que comido cru, ao natural, o rabanete é ótimo na limpeza dos dentes. Além da raiz, usam-se as sementes (boas para combater vermes) e as folhas, que também contêm vitaminas e minerais e podem ser aproveitadas em saladas, no caldo básico de hortaliças para fazer sopas e em refogados.

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Quiabo


Hibiscus esculentus

É rico em fibras, funcionando como regulador do intestino e até suave laxante. É bom principalmente em ferro e cobre (necessário para a absorção do ferro e para a formação dos glóbulos vermelhos do sangue), e também em cálcio, fósforo e vitamina A, B e C (a última se perde no cozimento). Pode ser preparado de diversas formas: refogado, cozido, assado, em sopas e saladas. O que mais afasta esse alimento tão nutritivo da mesa de muitas pessoas é a sua baba ou gosma. Mas é fácil tirá-la: basta pingar algumas gotas de limão depois de cortadinho, antes de usá-lo ou mesmo durante o cozimento. Muitos substituem o limão pelo vinagre, mas esse produto não traz nenhum benefício à saúde e pode até fazer mal (com exceção do vinagre de maçã, usado em pequenas quantidades).

A culinária baiana tem suculentos pratos à base de quiabo, como o caruru, em que essa hortaliça casa muito bem com o camarão seco. Os japoneses colocam-no inteiro em espetinhos, que podem ser assados ou grelhados – uma preparação deliciosa. Na medicina caseira, o quiabo é estimulante do estômago e do intestino. Infusões feitas com os frutos e as folhas, adoçados com mel, são valiosas no tratamento de pneumonias e bronquites. É um alimento recomendado na convalescença dos portadores de tuberculose.

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Poejo


Mentha pulegium

Conhecido como “a hortelã dos pulmões”, o poejo tem muitas propriedades medicinais, sob a forma de chás, xaropes ou infusões. É indicado na tosse, coqueluche, catarro pulmonar. Combate a insônia, acidez do estômago, gases, enjôos, diarréias e fermentação intestinal. Fortalece o sistema nervoso e regulariza a menstruação. Aos que têm problemas digestivos, a recomendação é tomá-lo meia hora depois das refeições. O poejo também é um temperinho delicioso nas saladas de frutas e de verduras e nos sucos. Seja qual for o uso, aproveita-se toda a planta.

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Pimenta-do-Reino


Piper nigrum

Moída ou em pó, a pimenta-do-reino deve ser usada às pitadinhas, com muita moderação, e de preferência em pratos mais pesados, como os feijões e as carnes gordas. A culinária integral e a macrobiótica condenam-na, e sugerem sua substituição pelo gengibre, orégano, cebolinha, nirá e, às vezes, uma pitada de cominho. Como os outros tipos de pimenta, a pimenta-do-reino também produz um efeito irritativo sobre o aparelho digestivo, se ingerida constantemente e em quantidade exagerada.

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